quarta-feira, 12 de outubro de 2011

´Carta de Fernando Pessoa para Ophélia Queiroz

               Ophelinha,
               Agradeço a sua carta. Ela trouxe-me pena e alívio ao mesmo tempo. Pena, porque estas coisas fazem sempre pena; alívio, porque, na verdade, a única solução é essa - o não prolongarmos mais uma situação que não tem já a justificação do amor, nem de uma parte nem de outra. Da minha, ao menos, fica uma estima profunda, uma amizade inalterável. Não me nega a Ophelinha outro tanto, não é verdade?
               Nem a Ophelinha, nem eu, temos culpa nisto. Só o Destino terá culpa, se o Destino fosse gente, a  quem culpas se atribuíssem.
               O Tempo, que envelhece as faces e os cabelos, envelhece também, mas mais depressa ainda, as afeições violentas. A maioria da gente, porque é estúpida, consegue não dar por isso, e julga que ainda ama porque contraiu o hábito de se sentir a amar. Se assim não fosse, não havia gente feliz no mundo. As criaturas superiores, porém, são privadas da possibilidade dessa ilusão, porque nem podem crer que o amor dure, nem, quando o sentem acabado, se enganam tomando por ele a estima, ou a gratidão, que ele deixou.
               Estas coisas fazem sofrer, mas o sofrimento passa. Se a vida, que é tudo, passa por fim, como não hão de passar o amor e a dor, e todas as mais coisas, que não são mais que partes da vida?
               Na sua carta é injusta para comigo, mas compreendo e desculpo;decerto a escreveu com irritação, talvez mesmo com mágoa, mas a maioria da gente -  homens e mulheres - escreveria, no seu caso, num tom ainda mais acerbo, e em termos ainda mais injustos. Mas a Ophelinha tem um feitio ótimo, e mesmo a sua irritação não consegue ter maldade. quando casar, se não tiver a felicidade que merece, por certo que não será sua a culpa.
               Quanto a mim...
               O amor passou. ma conservo-lhe uma afeição inalterável, e não esquecerei nunca - nunca, creia -nem a sua figurinha engraçada e os seus modos de pequenina, nem a sua ternura, a usa dedicação, a sua índole amorável. Pode ser que me engane, e que estas qualidades, que lhe atribuo, fossem uma ilusão minha; mas nem creio que fossem, nem, a terem sido, seria desprimor para mim que que as atribuísse.
               Não sei o que quer que lhe devolva - cartas ou que mais. Eu preferiria não lhe devolver nada, e conservar as suas cartinhas como memória viva de um passado morto, como todos os passados; como alguma coisa de comovedor numa vida, como a minha, em que o progresso nos anos é par do progresso na infelicidade e na desilusão.
                Peço que não faça como a gente vulgar, que é sempre reles; que não me volte a cara quando passe por si, nem tenha de mim uma recordação em que entre o rancor. Fiquemos, um perante o outro, como dois conhecidos desde a infância, que se amaram um pouco quando meninos, e, embora na vida adulta sigam outras afeições e outros caminhos, conservam sempre, num escaninho da alma, a memória profunda do seu amor antigo e inútil.
                 Que isto de "outras afeições" e de "outros caminhos" é consigo, Ophelinha, e não comigo. O meu destino pertence a outra Lei, de cuja existência a Ophelinha nem sabe, e está subordinado cada vez mais a obediência a Mestres que não permitem nem perdoam.
                  Não é necessário que compreenda isto. Basta que me conserve com carinho na sua lembrança, como eu, inalteravelmente, a conservarei na minha.
Fernando

Página Do Diário

Quinta-feira, 06 de Outubro 
Outubro de 2011
     Hoje foi um dia normal, fui à escola, e como hoje é quinta é dia de ir ao Mac, lá fomos nós os quatro, como sempre pedi o famoso Big-Mac menu médio, para ser poupadinho.
     De seguida voltámos para a escola e tivemos TIC. Hoje, começou a corrida à presidência da AE (Associação de Estudantes) com duas listas. Lista S e T, sinceramente não gosto muito disso, é a versão escolar da política portuguesa... Dizem que fazem.. E Sabemos o resto, por isso não vou votar em nenhum.
     A minha mãe foi à reunião, e como sempre o Director de Turma/Curso disse o que todos dizem: "O seu filho é um bom aluno, mas fala muito." Eu tenho lá culpa de querer dialogar....

Nova Biblioteca da ESPAA

     Eis uma fotografia da nova biblioteca da ESPAA.
     Na minha opinião, não gostei muito do lado exterior da mesma, na antiga tínhamos uma parede de vidro, com total visão para o interior da mesma e uma entrada decente, agora nesta, as janelas com vista para o exterior, mal se vêem a porta de entrada. é uma "porta corta-fogo" como estivesse blindada. O interior, a nova biblioteca é mais espaçosa, está, em termos de organização, igual à antiga.
     Mais não consigo dizer, pois não frequento muito a biblioteca.

Holocausto

     Pois é, pus esta imagem, e porquê vocês devem perguntar, se falo do Holocausto devia ser uma imagem a retratar o mesmo, mas não.
      Enquanto que estas pessoas viviam num mundo "feliz" cheio de oportunidades onde toda a gente sorria, e se divertia, perto delas havia um mundo oposto, cheio de tristeza, escravidão, onde as pessoas eram tratadas como objectos, um mundo de servidão.
     Por isso mesmo, coloquei esta imagem, para vos mostrar a "máscara" do lado mau do Nazismo.