CinismosEu hei de lhe falar lugubremente
Do meu amor enorme e massacrado,
Falar-lhe com a luz e a fé dum crente.
Hei de expor-lhe o meu peito descarnado,
Chamar-lhe minha cruz e meu Calvário,
E ser menos que um Judas empalhado.
Hei de abrir-lhe o meu íntimo sacrário
E desvendar a vida, o mundo, o gozo,
Como um velho filósofo lendário.
Hei de mostrar, tão triste e tenebroso,
Os pegos abismais da minha vida,
E hei de olhá-la dum modo tão nervoso,
Que ela há de, enfim, sentir-se constrangida,
Cheia de dor, tremente, alucinada,
E há de chorar, chorar enternecida!
E eu hei de, então, soltar uma risada.
Eu escolhi estas duas imagens, não tendo a ver 100% com o poema, mas sim com o seu título, podemos ver que em ambas as imagens têm cinismo, falsidade, as pessoas mostram aquilo que não são, o que tem a ver com um pouco do poema, conseguimos ver que Cesário diz várias coisas negativas a seu respeito, deixando a pessoa transtornada, mas que no fim ele solta uma risada, como se estivesse a brincar.